A leitura e o vínculo entre pais e filhos

Semana passada li um artigo sensacional do Itaú publicado no Globo (veja aqui). Sua tese: ler para uma criança fortalece o vínculo entre pais e filhos. 

Conclusão óbvia, se pararmos para pensar – mas obviedades nem sempre costumam ser enxergadas com a clareza que precisam ou merecem. Quando lemos para uma criança deixamos, ainda que por instantes, de ser um pai ou uma mãe: nos transformamos em um narrador, em um guia que as levará por um mundo novo, mais fantasioso, em que tudo pode acontecer. 

É claro que esse papel de guia é uma metáfora para o papel que desempenhamos em nosso cotidiano: educar é, afinal, ajudar os filhos a caminhar por conta própria pelo caminho que eles escolherem. Mas é justamente por ser uma metáfora que o hábito de ler para os filhos funciona tão maravilhosamente bem. Afinal, qual a melhor maneira de fortalecer a confiança com um pequeno do que efetivamente sendo a voz que desenhará para ele mundos totalmente novos? 

Recomendo a leitura desse artigo na íntegra (clicando aqui ou na imagem abaixo). E recomendo também, claro, que você chegue em casa hoje e leia uma história nova para ele. Eu, pelo menos, farei isso com a minha 🙂 

Fantasias inventando histórias

Primeiro, foi da Frozen. Depois, da Ariel.

Em seguida, as princesas (finalmente!) cansaram e começamos a inventar piratas, fadas, macacos mágicos.

Depois ela se entregou ao calor: queria mesmo era ficar de biquini (mesmo que se dissesse, em alguns momentos, uma vampira).

Fosse como fosse, minha filha passou esses últimos dias brincando de ser personagens. E nós?

Nós ficamos no entorno, dando volume à imaginação com histórias que se encaixassem nas suas fantasias. Nos transformamos em livros sendo escritos em tempo real, meio que por acidente, de maneira totalmente colaborativa. Criamos ondas de sorvete, céus com tempestades tumultuando os vôos das fadas e unicórnios, selvas brilhantes, oceanos de Nutella, torres mágicas, sofás voadores.

E quer saber? Foram histórias sensacionais essas – todas absolutamente diferentes das que costumamos comprar em livrarias. Todas, inclusive, bem mais empolgantes.

A descoberta do Carnaval, ao menos para mim, não poderia ter sido outra: deveríamos deixar as próprias crianças escreverem as histórias. Poucos adultos, afinal, conseguem chegar a um pico imaginativo como o delas!

carnavalbanespa

(Agora, se me dão licença, está na hora de experimentar alguma fantasia nova – o Carnaval só termina amanhã!!!)