Em tempos de Halloween, Ação de Graças ou mesmo Natal, é de se esperar que crianças fiquem encantadas por essas personagens e lendas criadas lá em outros cantos do mundo.
Não que me incomode com isso: boas histórias, a meu ver, independem de fronteiras ou idiomas de origem. Nunca comprei muito esses movimentos que tentam abolir comemorações de datas gringas “a favor” das brasileiras (como trocar o Halloween pelo Dia do Saci), como se nossa cultura precisasse de uma espécie de “política de cotas” para se tornar interessante.
Por outro lado, sempre achei as histórias do nosso folclore riquíssimas, belíssimas e perfeitas para crianças. Como fazer para atrair o interesse delas, então?
Descobri em casa: esperando o próprio interesse aflorar naturalmente.
Dia desses, minha filha mais velha começou a me pedir livros e mais livros sobre o Curupira, o Saci, o boto e tantos mais personagens brasileiros que permeiam histórias incríveis.
Para ela, o fato de serem ou não brasileiros importa pouquíssimo – o que conta, afinal, é o conto!
A partir daí, foi só contar e extrair olhares empolgados, curiosos, entusiasmados.
Que esse hábito perdure!