Quando evocamos a lembrança das férias, costumamos nos lembrar daquela maravilha que era ficar livre da rotina e poder dedicar todo o tempo a brincar.
É provável que essa seja a mesma percepção que se consolide nas mentes de todas as crianças – mas apenas depois de uma certa idade.
Aproveitar férias, afinal, tem uma relação direta com a liberdade individual. Quando a própria criança pode descer para a rua do prédio e brincar com os amigos para os quais ela mesmo ligou, poucos são os empecilhos para a diversão. Mas e no caso de crianças menores, com seus 4, 5 ou 6 anos, principalmente as que vivem em grandes centros urbanos famosos pela justificada neurose em torno da questão da segurança?
Pode-se pensar e criar mil maneiras das crianças pequenas se divertirem e passarem o tempo – mas, no final das contas, elas estarão ainda dependentes das rotinas dos adultos. Descer para brincar? Só se houver alguém mais com elas. Ir a um parque? Idem. Brincar com os amigos? Só se os pais destes também estiverem com condições de combinar esses pequenos programas.
O resultado disso: para crianças pequenas, principalmente na fase pre-alfabetização, o trecho final das férias é quase um suplício. Saudades dos amigos, tédio e energia acumulada acabam fazendo-as rezar pela volta da rotina escolar.
Férias, para essas crianças pequenas, são simplesmente longas demais!
Pois bem: a rotina escolar já começa a voltar a partir da semana que vem na maior parte do país. Com ela, voltam também os horários para dormir, as atividades extra-classe, as rotinas que darão mais sentido às historinhas de dormir.
Com ela, a página do ano passado finalmente será virada – inclusive pela passagem para uma nova série.
Com ela, e só com ela, começa realmente o ano de 2017 para os núcleos familiares.
Assim, nosso desejo para todos não poderia ser diferente: um feliz 2017!!!