Usando festas de aniversário para entender melhor as nossas crianças

E não são?

Esse fim de semana fomos a um aniversário de um amigo da minha filha. Havia o tradicional, o que todos nós, pais, já estamos habituados a ver: animadores, crianças correndo para cima e para baixo, novos laços sendo feitos, amizades ganhando ou perdendo corpo, bolos, brigadeiros, famílias.

Tudo normal, certo?

Certo – só que apenas para nós, adultos.

Para uma criança, festas assim são um desafio à parte, uma oportunidade perfeita de amadurecimento em que se deve lidar com ambientes naturalmente mais competitivos que o ambiente familiar natural. Em outras palavras: cada festa de aniversário é, por natureza, uma trama à parte que cada criança, aniversariante ou convidada, está escrevendo.

O que resta a nós, pais, fazermos? Ler essas tramas, essas histórias.

Nesses casos, nos resta dar espaço e deixar as crianças se desenvolverem nas suas próprias comunidades. E, claro, observar, da primeira fila, esse amadurecimento acontecer com os nossos pequenos: ver a maneira que eles resolvem conflitos, como se impõem ou se resignam, como se divertem, como agem em suas comunidades.

Isso nos permitirá uma espécie de “diagnóstico”: saberemos (ou pelo menos teremos uma ideia mais precisa sobre) quais os elementos que precisam ser mais trabalhados em nossos filhos. Timidez? Saber ganhar? Saber perder? Saber negociar?

A partir daí vem o óbvio: usar a nossa observação para guiar a nossa educação, (incluindo a escolha de livros infantis que melhor se encaixarem em cada situação).

Aniversários não são apenas comemorações, fins em si mesmas: são um ponto de partida perfeito para se realinhar a educação que nós mesmos estamos dando a nossos filhos.

 

 

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