Já faz tempo que eu desenvolvi o hábito de ler historinhas para a minha filha toda noite, antes dela dormir. É um dos momentos que mais gosto do dia, aliás, por poder testemunhar de maneira impressionantemente nítida o seu crescimento intelectual e o seu entusiasmado encantamento com cada pedacinho de enredo.
Até aí, tudo bem.
Aí vieram as férias, claro, para quebrar a rotina da minha filha. As mesmas férias trouxeram os avós dela para casa, pintaram tudo de família e, como não poderia ser diferente, encheram o ar de alegria. Convenhamos: depois desse 2016, um pouco de mudança de ares é mais que bem vindo, certo?
Indiscutível.
Só que meu posto de contador de histórias foi temporariamente suspenso: para matar as saudades da avó que mora longe, minha filha tem dormido no mesmo quarto que ela e pedido a ela para ser a “leitora oficial”.
Sei, sei… o importante é que o fluxo de literatura ouvido adentro continue a todo vapor. OK. Não discuto isso.
Mas sabem o que descobri? Que ler para nossos filhos é algo que fazemos tanto por eles quanto por nós mesmos.
Nesse mundo tão atribulado que vivemos, passear pela fantasia infantil diariamente é uma bênção inegável para qualquer adulto!